Reza à negatividade

Em atenção desperto, e aos poucos me afasto,
Dos tornados destruidores de baloiços,
Como primeiro passo de uma libertação.
Cria-se uma depressão sazonal, quente,
A mente e os meus ciclones puros,
Poluentes de desafios aos cantos.
Escuros tons da confiança que resta,
Do pão (à muito digerido), migalhas,
E a partilha sobra a poucos,
Para melhores fornadas futuras.
De ouvidos fechados, aceno,
Desviando-me da sabotagem visivel,
E argumentos vazios.
Como gladiador dos tempos de hoje,
Defendo-me de superficialidades,
Dos "conselhos para o meu bem"
E aparências exteriores.
Nos penhascos a perfeita visão,
Do gosto e apreço dos outros,
Pela sua própria negatividade,
E as suas vontades de a espalharem.
Mas o medo é escolhido a dedo,
Pois não dou abrigo a esses largos,
Enrabados por tantos diabos,
Que nem por sombras foram escolhidos.

Edgar Sacadura
Reza à negatividade Reza à negatividade Reviewed by Unknown on quinta-feira, julho 10, 2014 Rating: 5

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